BRejo


A sacra vac'atolada seca:
d'urro burro, pústula e epístola,
d'alpiste, episteme e pistola,
d'aias, de aboio triste e patolas

Te atola: ver profundo, na lama,
oculta ainda mais, agora,
essas estacas, esteios e escoras

Lá estão
os ovos varejeiros revirados,
o ninhal de todas as nossas podres horas
Os olhos de peixes esmagados, à lapela,
os cegos da cooração
que ora contra toda aurora
As secas lágrimas-de-nossa-senhora-dela,
o rosário sem rosa de patrões-do-mato-afora

Dessa cruz e desse fixo,
anticoluna que nos funda, rasga e verga,
sinto o pino, toco a prega, viro o lixo
da nossa ultranacional invértebra
Meço: d'osso da têmpora institucional,
desse rubro fosso mariano sociotemporal,
ao cóccix dessa coaxial democracia racial

No brejo escuro e frio, contramúsica a soar
[nação de coaches coxinhas em coachings
que não param mais de coaxar]





Meca


Vivo na capital mundial
dos corações magoados,
partidos pelas demandas-currículos
e pelos humores do mercado

Mas não é o choro de Verocity que soa
É a contrabateria do ranço,
um não-posso-me-amofiná que destoa

Da Meca de Pimbudópolis -
essa negra pedra dura e fria
de se mundiarem os velozes -, o mal voa:
é o não de quem não pode
com quem pode não querer
o que se disse que não se pode à toa

E são sempre as mesmas
alentadas lágrimas sem salento
Sem tal, sem unguento,
sem sal, sem tal nem ento

Espécie de lamento,
bem nutrido e sempre úmido:
fados, almo fados
Molhada almofadinha de mil fios
em seus tear e s pelos aros

E tanto faz se de Coachland ou de Patrogrado:
logo logo, e de novo,
sempre voltará ao estofo,
ao sol e ao mais alto e alvo varal
espumante de alvejado mofo,
ao nobre enxoval da fina arte de comer gente
- feito gente em dançante noite sem outros

E como se dança no distrito de Vilaville,
no departamento de Facetown,
na alameda Mediocritas,
número índico full ano no name de tal
Endereço postal de todas as balas esvoaçantes,
da coreografia geral
do enredo que nunca cessa, afinal

Condado dos xerifes
de todos os almoxarifes em seus arredores,
terras do bonito, bom, barato
e congratulado trabalho braçal

Onde estudar muito e jogar bola muito
é muito mais do mesmo muito igual
Até onde vai a vista, ou não se viu a prazo,
tudo é sempre o caolho reino do mal

Vivo nessa capital mundial
dos corações magoados,
partidos desfalidos corridos,
pelos desmandos dos macacos
a perturbar a ordem alimentar
da cadeia animal nacional

Piripiripirinópolis com assento confort e avental
da prega que se emprega e desemprega,
que nem cora de a toda hora
se arregar no cipoal,
despetalada ao capitão da indústria
ou ao gerente do matagal
Depois, disfarça que disfarça
que disfarça que chora longe do hall

Cada principado tem o seu de legado
O meu sempre foi uma rota de fuga
pelo curso ruidoso e duro dos desgovernados

A ti, que sempre dizes
que se não mais te sirvo devo morrer,
digo que só sirvo de fato a mim,
e por isso mesmo devo muito viver

Meca, me cá...
came me... ca me... ca me... me cá...

Meca, me dá...
Dá-me, dá-me, dá-me... me dá



InfinitOoitoO



dois cês
     mudOsimantadOs             
        atraídosOugravita d Os
          AfOitosmundOs
           , como
              COmas,
               a roer finOs
                  bis
                cOitos
            grávidOs
       eclipsados
    luares
  de céus
   lunares
     no ciO
 
          O
            o
         gOtej
           a gOt a
            das alianças
             nO seu
             sumidouro
            - o pÓ
            doO uro, que só
         dura dOuro
      prOolhO

         O

       elO
          rOto
            oÓbvio 
            medOnhoOu
              maravilhosO
             de todo o redOndo
            do cOrpo
         cal Or, rubOr, ran cor,
      pavOr, am Or ar dOr
    rOtundos
  cincunvindouros
   
   circular é a pr Omessa   
         re vOlta da bOca, no beijO
                    nOescrot OoansiOso ovO
                           do nOvo
                             O que guardaOquaseperdidO
                             achadon'Outro
                            O ÓleOo cioso
                          o ululante ciclO
                     esperançOso
                 da véspera
         dos nOivos
   
 oO infinitOoitoO infinitOoitoO infinitOoitoO infinitOo